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Edição 22 da Campanha do Dia Mundial do Câncer aborda diferenças




O câncer ainda é uma doença que aterroriza a maior parte das pessoas, mesmo com os avanços do conhecimento científico em relação à prevenção de algumas modalidades e o desenvolvimento de recursos de diagnóstico e de tratamento. O medo é justificável, pois trata-se da segunda maior causa de mortes no mundo e, até 2030, deve ser a primeira, segundo especialistas. Dados publicados em 2020 registraram uma incidência de aproximadamente 19 milhões de casos em todo o mundo, com 10 milhões de mortes.


A boa notícia é que a doença é tratável e curável, especialmente quando detectada nos estágios iniciais, por isso a necessidade de ações urgentes para incentivar bons hábitos de saúde e alimentares, além de acompanhamento médico regular para o rastreamento da doença e detecção precoce.


O Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), e tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, além de influenciar governos e indivíduos para que se mobilizem pelo controle do câncer.


O mote da campanha do Dia Mundial do Câncer 2022 – ano da 22ª edição – é ‘Somos iguais e diferentes’. Iguais porque alguns possíveis fatores para o aumento da incidência e da mortalidade por câncer são comuns a todos, como o envelhecimento e o crescimento da população, além de fatores como o tabagismo, alcoolismo e obesidade. Diferentes porque nem todos somos acometidos pela doença.


Gêneros


No que diz respeito aos gêneros, estatísticas mostram que o tipo de câncer masculino mais comum é o de próstata, que representa quase 1/3 dos casos. A segunda maior incidência é a de câncer de pulmão, um tipo muito agressivo.


Dentre as mulheres do Brasil, excluídos os tumores de mama e tumores de pele não melanoma, o câncer do colo do útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente. No caso de Santa Catarina, há uma preocupação específica com os tumores de pele não melanoma, tende em vista que o Estado é recordista em casos, e os casos representam 30% do todo.


Outra preocupação grande, mas desta vez em todo Brasil, é com a queda de 22% nas cirurgias de câncer durante o período de pandemia. Este "represamento" no tratamento pode trazer consequências graves, alertam especialistas.


Por isso a importância da prevenção. Confira com mais detalhes alguns dos fatores de risco para o câncer:


Histórico familiar - existem famílias com mais predisposição a desenvolver câncer. Se entre seus familiares já ocorreram casos, é possível que você tenha herdado um gene com mutação genética e, por isso, é preciso ficar ainda mais atento;


Idade - algumas manifestações da doença são comuns apenas entre crianças, enquanto outras costumam aparecer em idosos, como resultado de um processo cumulativo de fatores de risco durante a vida;


Genes e cromossomos - mutações genéticas são provenientes do nascimento ou geradas por situações do cotidiano – e podem ter relação com o aparecimento de alguns tipos de câncer. Por exemplo, como resultado da exposição solar inadequada e excessiva, contato constante com componentes químicos tóxicos e a presença de radiação, uma pessoa pode desenvolver câncer;


Fatores ambientais - ar e água contaminados com poluentes, como gases, radiações e substâncias químicas, aumentam os riscos de desenvolvimento de câncer nos habitantes da região;


Dieta - uma alimentação não balanceada, que inclui alimentos com alto teor de gorduras insaturadas e açúcares (substâncias muito presentes em alimentos industrializados) podem desencadear câncer e estão diretamente relacionadas à obesidade, outro fator de risco. De acordo com o Inca (Instituto Nacional do Câncer), de 3 a 4 milhões de casos poderiam ser evitados no mundo apenas com mudança na alimentação.


Infecções - alguns agentes infecciosos como vírus e bactérias estão ligados a tipos de câncer. O papilomavírus humano (HPV), por exemplo, é causador do câncer de colo de útero em mulheres e do câncer de pênis em homens. O HIV pode ser responsável pelo desenvolvimento de câncer no sangue, enquanto os vírus das hepatites B e C podem causar câncer de fígado;


Medicamentos - o uso excessivo ou contínuo de alguns remédios está ligado ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer. Por exemplo, hormônios femininos presentes em contraceptivos ou no tratamento da menopausa podem favorecer o aparecimento de câncer de mama. A testosterona e outros hormônios masculinos também estão ligados a casos de câncer de fígado.



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